Creio
que a primeira vez que tomei contato com o conceito de SHUGYO foi na obra de
Gozo Shioda chamada Aikido Shugyo, o termo significa treino austero e
constante. Nesse sábado o dia todo tivemos a oportunidade de receber o sensei
Jeferson Soares em nosso humilde dojô e pudemos vivenciar esse conceito em seu
seminário que durou todo o dia de sábado. Hoje, um dia depois do treino
austero, meu corpo dói pelo repetido esforço, mas sei que nas fibras de meu
corpo ficou a memória desse bonito encontro.
Ouvi
dizer que Reishin Kawai dizia que “Bom
coração, bom aikido”. E receber o sensei Jeferson Soares e quatro de seus formidáveis
discípulos foi muito bom, pois também provou o que dizia o falecido mestre. Eu
só havia me encontrado uma vez com Jeferson, foi em 2010 e muito rapidamente.
Mas ao voltar a vê-lo parecíamos bons amigos de muito tempo de convívio. Fora
do horário de treino, a conversa fluía bem. Sempre tínhamos assuntos para
falar, às vezes tanto que nem conseguíamos terminar um assunto e já havíamos
engatado outro.
Após
termos recebido alguns nãos, o sensei Jeferson trouxe a Cascavel não só sua
refinada técnica, mas também a esperança de construirmos no nosso estado um
aikido no seu sentido pleno da palavra, vivido dentro e fora do tatame e de
portas abertas.
A hora
da partida nunca é confortável, então encerramos nosso encontro no aeroporto de
Cascavel, onde levei o sensei, com um até logo. Estou certo de que nos veremos
em breve, que o mais tardar seja o seminário do Seki Shihan em setembro, em São
Paulo.
E aqui
ficamos com aquele sentimento de GIRI – dívida de gratidão. Não só ao sensei
Jeferson, mas também ao que o aikido nos proporciona dentro e fora do tatame.
Nosso
dojô sempre estará de portas abertas ao sensei Jeferson e todos os seus alunos.
Grande abraço,
Vinícius Ramon Fontanela